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    Início » Desaparecimentos no México: A Luta diuturna de Yadira González por Justiça
    Política

    Desaparecimentos no México: A Luta diuturna de Yadira González por Justiça

    08/09/2025
    Imagem do artigo
    A busca incessante por respostas no contexto de uma epidemia de desaparecimentos no país

    A Busca por Justiça e Esperança

    A vida de Yadira González mudou radicalmente em 2006, após o desaparecimento de seu irmão, Juan González. Em sua narrativa, Yadira utiliza o verbo ‘foi’ de forma proposital, ressaltando que desaparecimentos não acontecem por mágica; alguém, em última instância, é responsável. Juan, que tinha uma revendedora de automóveis, foi seguido por supostos compradores ao sair de casa para buscar sua esposa, mas nunca chegou ao destino.

    Segundo Yadira, o México é palco de uma tragédia diária, com cerca de 44 pessoas desaparecendo a cada dia. Os dados oficiais indicam mais de 130 mil desaparecidos em todo o país. Yadira, como muitos outros, se tornou uma buscadora em tempo integral, integrando o movimento Desaparecidos Querétaro, que se dedica a procurar por entes queridos desaparecidos, utilizando pás e picaretas em uma luta contínua por respostas.

    Em entrevista à BBC News Mundo, ela compartilhou suas emoções e reflexões no contexto do Hay Festival Querétaro, programado para setembro de 2025.

    Um Relacionamento Marcado pela Tradição e pela Perda

    Yadira descreve Juan como um homem sociável, que sempre fez amigos e amava sua família. Ele tinha três filhos pequenos, e Yadira, a caçula e única mulher da família, relembra momentos difíceis que viveram juntos. Apesar das brigas, a dor do desaparecimento de Juan transcendeu qualquer desavença, e a ausência dele deixou uma lacuna profunda na dinâmica familiar.

    Leia também: Combate à Lavagem de Dinheiro: Integrando Esforços no Enfrentamento ao Crime Organizado

    ‘A dinâmica é destruída’, afirma Yadira, refletindo sobre como a família se reuniu em almoços e festas antes do desaparecimento. No entanto, desde aquele dia fatídico, essas reuniões deixaram de existir. ‘O desaparecimento é como uma bomba atômica que continua a desmantelar vidas’, comenta, aludindo ao impacto duradouro da tragédia.

    O Início da Busca e a Organização das Famílias

    Yadira recorda que a necessidade de organização surgiu em um contexto onde a tecnologia e os direitos não eram universalmente respeitados. ‘Naquela época, o desaparecimento não era um crime’, ressalta. O grupo começou sua busca por conta própria, consciente de que sozinhos não conseguiriam avançar.

    Com o tempo, perceberam que suas buscas eram ilegais e que precisavam de um marco jurídico. Assim, a busca de uma pessoa desaparecida se tornou uma forma de resistência contra a ineficácia do Estado.

    Aprendizados e Desafios no Terreno

    Yadira descreve um aprendizado que vem da prática e da dor. ‘O setor acadêmico não pode ensinar o que se aprende no campo’, diz, enfatizando a necessidade de enfrentamento direto às consequências do crime organizado. Ela relata que a situação evolui constantemente, e a cada nova descoberta, novas táticas são adotadas pelos criminosos.

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    Inovação nas Táticas Criminosas

    Questionada sobre as novas formas de desaparecimento, Yadira revela a realidade sombria e criativa do crime organizado. ‘Eles se adaptam continuamente’, observa. As práticas variam de enterramentos clandestinos a métodos cada vez mais elaborados para ocultar corpos, como o uso de cimento e outros materiais.

    O Trabalho de Campo e o Desejo de Justiça

    O trabalho de busca exige resiliência e coragem. Yadira compartilha que, em muitas ocasiões, as famílias partem para as buscas sem recursos e sem segurança, apenas movidas pela determinação de encontrar seus entes queridos. ‘Se você esperar pelas autoridades, nada acontecerá’, afirma.

    No campo, o trabalho varia dependendo do contexto e das ferramentas disponíveis, desde retroescavadeiras até buscas manuais. ‘Nós, buscadores, sabemos que a vegetação pode indicar a presença de uma vala clandestina’, explica Yadira, que se tornou cada vez mais experiente em identificar sinais no solo.

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    O Encontro com a Realidade

    Encontrar restos humanos é, para Yadira, uma mistura de euforia e tristeza. ‘É uma onda de emoções’, diz. A responsabilidade de encontrar e identificar um corpo não termina com a descoberta, mas inicia um novo e angustiante processo. Para as instituições, são apenas ossos; para as famílias, são entes queridos que devem ser trazidos de volta para casa.

    A Necessidade de Justiça

    Yadira entende que cada busca não é apenas uma jornada individual, mas uma tentativa de reconstruir o tecido social dilacerado pelas violências. ‘Não podemos escolher entre verdade e justiça; precisamos de ambas’, enfatiza ela. O ato de encontrar um ente querido pode ser visto como um ato de rebeldia e resistência contra um sistema que falha em proteger os cidadãos.

    Infelizmente, o desaparecimento continua a ser uma realidade que muitos enfrentam no México, gerando uma cultura de medo e insegurança. ‘Hoje, as pessoas desaparecem porque simplesmente é permitido’, conclui Yadira, alertando sobre a gravidade da situação e a necessidade de ação imediata.

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