Condenação à Brutalidade
Alexandre Patury, secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), compartilhou um vídeo na coluna Na Mira para discutir a agressão brutal de uma mulher de 34 anos, que foi espancada pelo marido dentro de um elevador em um prédio localizado no Guará II. O ataque ocorreu no dia 1° de agosto e, segundo Patury, representa um “ato covarde” que merece repúdio e ação contundente por parte da sociedade.
A declaração de Patury veio em um momento significativo, já que aconteceu um dia após a comemoração da criação da Lei Maria da Penha, um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil. Em sua fala, ele enfatizou a necessidade de denúncias, destacando que “é isso que temos de enfrentar” e agradecendo ao médico que teve a coragem de notificar a mãe da vítima. Além disso, Patury mencionou a campanha #NãoAoCovarde, reforçando o compromisso de combater a violência contra as mulheres.
Na sequência, vamos entender melhor o caso e as circunstâncias que cercaram este ato de violência.
Contexto da Agressão
O crime ocorreu na última sexta-feira, dentro do elevador do Edifício Via Boulevard, no Guará II. A vítima sofreu diversas lesões em várias partes do corpo após ser brutalmente agredida com socos e cotoveladas pelo seu companheiro, Cleber Lúcio Borges, de 55 anos. Embora a Polícia Militar tenha sido chamada no dia da agressão, a mulher inicialmente negou que tivesse sido atacada.
Posteriormente, uma equipe da 4ª DP (Guará II) foi ao hospital e ouviu o relato da vítima, que finalmente revelou a brutalidade da agressão. Cleber foi preso na quinta-feira seguinte em cumprimento a um mandado de busca e apreensão, resultante do trabalho da Justiça no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Durante a operação, os policiais encontraram duas armas de fogo e um total de 518 munições de calibres variados na casa do empresário, incluindo uma pistola Beretta e uma arma antiga.
Após ser autuado, Cleber foi encaminhado à 4ª Delegacia de Polícia, onde acabou preso em flagrante. Mesmo após a brutal agressão, a vítima manifestou não ter interesse em representar criminalmente contra ele, nem solicitou medidas protetivas de urgência.
Repercussão e Denúncias
Importante destacar que o caso ocorreu poucos dias após outro incidente que chocou a sociedade brasileira, onde uma mulher foi agredida com 61 socos dentro de um elevador em Natal (RN). Assim como no caso de Guará, o agressor era o companheiro da vítima, um ex-jogador de basquete.
A mãe da mulher agredida em Brasília desconfiou de que algo estava errado após uma conversa com a filha, um dia após a agressão. Ela decidiu ir até a casa do casal e, ao chegar, descobriu que Cleber havia levado sua filha para um hospital. É importante ressaltar que, no dia do crime, um morador do condomínio fez uma denúncia anônima, afirmando que “todos do prédio escutaram os gritos”.
Prisão e Defesa do Agressor
Após o espancamento, Cleber foi preso sob acusação de agredir sua companheira e por posse irregular de armas. Apesar de ter pago uma fiança de R$ 25,9 mil, a gravidade do crime resultou em sua prisão preventiva. As câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que o empresário desceu do elevador e atacou a mulher com um soco assim que as portas se abriram. Em seguida, ele retornou ao elevador e desferiu mais agressões até que ela caiu.
A defesa de Cleber se manifestou por meio de uma nota, informando que as manifestações necessárias serão feitas durante o processo. Eles alegaram que o caso ainda está em fase de apuração e que, até o momento, as condutas mencionadas nas notícias não foram objeto de denúncia formal, garantindo que todas as medidas de defesa cabíveis estão sendo tomadas.
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