Desfecho da Ação Judicial
Suzane von Richthofen, que já cumpriu pena por um crime de grande repercussão, teve seu pedido negado mais uma vez pela Justiça. Recentemente, uma ação movida contra o jornalista e escritor Ullisses Campbell, conhecido por sua coluna True Crime no jornal O Globo, foi julgada e a decisão foi anunciada na última terça-feira (29/7) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme noticiado pelo portal LeoDias.
A ex-detenta alegou que as publicações de Campbell nas redes sociais ofenderam sua honra, principalmente ao se referir a ela como “ilustre psicopata” e ao mencionar seu atual endereço em Águas de Lindóia, no interior de São Paulo. Em sua petição, Suzane solicitou uma indenização de R$ 60.720,00 por danos morais, além de uma retratação pública imediata.
Defesa Baseada na Liberdade de Imprensa
Na defesa, o advogado Alexandre Fidalgo argumentou que as postagens tinham um caráter informativo e não visavam caluniar ou denegrir a imagem da autora. Ele sustentou que a expressão polêmica utilizada por Campbell estava diretamente relacionada à notoriedade do caso que fez de Suzane uma figura conhecida em todo o Brasil, após ser condenada pelo assassinato dos pais em 2002. Fidalgo defendeu que a comunicação feita pelo jornalista respeitava os direitos da liberdade de imprensa.
O advogado ainda destacou ao portal LeoDias que esta não foi a primeira tentativa de Suzane von Richthofen de processar Campbell. “Essa é a terceira ação que a Suzane move contra o meu cliente. Uma delas tentou proibir a publicação de um livro. Mas ela perdeu todas”, afirmou.
Sentença da Juíza Ana Paula Schleiffer Livreri
A juíza Ana Paula Schleiffer Livreri, que ficou responsável pelo julgamento da questão, rejeitou todos os argumentos apresentados pela autora. Em sua sentença, ela ressaltou que a terminologia utilizada por Campbell, por si só, não configura uma violação da honra, considerando a ampla repercussão pública e o interesse jornalístico em torno do caso.
Em suas palavras, a magistrada afirmou: “A publicação não gerou sofrimento, humilhação ou ofensa efetiva à honra ou dignidade da autora.” Além disso, a juíza ponderou que não havia substância nas alegações de Suzane sobre danos, e que uma eventual retratação poderia, na verdade, aumentar a visibilidade sobre o caso, o que contrariaria a própria posição da autora.
Com isso, o processo foi encerrado sem qualquer condenação ao jornalista Ullisses Campbell. Esta decisão marca mais um capítulo na conturbada relação entre a figura de Suzane e a mídia, que continua a ser um tema de grande interesse e debate no Brasil.