Iniciativa Promove Ensino e Troca Cultural
Diante da necessidade de contribuir para o desenvolvimento da comunidade e abrir novas perspectivas para os moradores, duas refugiadas venezuelanas, Marysabel Atopo e Lizmary Venz, tornaram-se professoras em um projeto social localizado na QNM 28 de Ceilândia Norte. Através dessa iniciativa, elas oferecem aulas gratuitas de espanhol a todos que desejam aprender o idioma.
Antes de se envolverem com o projeto, Marysabel e Lizmary descobriram o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes) ao participarem de aulas de zumba. A experiência as inspirou a retribuir à comunidade que as acolheu. “Oferecer essas aulas é uma maneira de contribuir e criar oportunidades”, destacou Marysabel, que acredita que o aprendizado de uma nova língua pode realmente abrir portas e ajudar a elevar a autoconfiança das pessoas.
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Lizmary, por sua vez, ressaltou que o ensino proporciona uma rica troca cultural: “Enquanto ensino espanhol, aprendo com meus alunos e descubro mais sobre o Brasil, suas culturas e costumes. Cada aula se transforma em um momento valioso de aprendizado compartilhado.”
Parceria e Estrutura do Curso
O curso de espanhol, que começou no início do ano, é uma realização da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) em colaboração com a gerência do CEU das Artes e as professoras venezuelanas, que são atualmente voluntárias. Até agora, mais de 30 alunos se inscreveram, divididos em duas turmas.
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As aulas são ministradas nas manhãs de quarta-feira e sábado, em uma sala equipada e reformada, ideal para o aprendizado. Ao final de cada módulo, os participantes recebem certificados que validam sua participação.
Atrações do CEU das Artes
Além das aulas de espanhol, o CEU das Artes oferece uma programação variada e gratuita voltada para a cultura, esporte e cidadania. As opções disponíveis incluem ginástica, jiu-jítsu, karatê, futebol, balé, kangoo jump, forró, carimbó, vogue e break freestyle, trazendo uma diversidade de atividades para toda a comunidade. As inscrições para as diferentes atividades são feitas presencialmente no local, garantindo que todos tenham acesso às oportunidades oferecidas.
Iniciativas como a de Marysabel e Lizmary mostram como a educação pode funcionar como um elo de conexão e empoderamento, não apenas para os refugiados, mas para toda a comunidade local, reforçando a importância da troca cultural em um mundo cada vez mais globalizado.