Operação Mirabolante Contra o Tráfico
Goiânia – Na última terça-feira (8), mais de 40 indivíduos foram detidos em uma operação de grande envergadura contra uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas. A ação, organizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), contou com o suporte das polícias civis de Goiás e Rondônia e mobilizou centenas de agentes.
Ao todo, foram cumpridos 127 mandados judiciais, dos quais 52 eram de prisão e 75 de busca e apreensão. Os alvos da operação estavam espalhados por diversas cidades do Distrito Federal, Goiás e Rondônia. Em Goiás, as diligências ocorreram em localidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto, resultando na prisão de ao menos duas pessoas.
As investigações revelaram que os entorpecentes provinham de países vizinhos e eram armazenados em Goiás antes de serem redistribuídos para o DF.
Goiás como Rota do Tráfico
De acordo com a apuração que se estendeu por aproximadamente 18 meses, as drogas, oriundas da Colômbia, Bolívia e Peru, cruzavam a fronteira pelo Acre e Rondônia. Depois, seguiam por rotas clandestinas até Goiás, que servia como um importante entreposto para a quadrilha. Na capital goiana, os criminosos estabeleceram um centro logístico para suas operações.
A Polícia Civil destacou que os traficantes utilizavam caminhões de carga e cegonhas, disfarçando os veículos com carros adquiridos em Rondônia. Esses veículos, frequentemente em péssimas condições, escondiam as drogas em compartimentos secretos. Uma vez em Goiás, a carga era redistribuída para o Distrito Federal.
Envolvimento Financeiro Bilionário
Durante a operação, as equipes apreenderam uma variedade de itens, incluindo armas, veículos, uma moto aquática, além de cerca de R$ 100 mil em dinheiro, porções de cocaína e skunk, uma variedade altamente potente de maconha. Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 20 milhões em um ano.
A estrutura da quadrilha era dividida em três frentes, com Rondônia sendo identificado como o ponto de entrada das drogas no Brasil. Após a passagem pelas fronteiras, as substâncias eram armazenadas em Goiás, que funcionava como o centro logístico do tráfico. De lá, os entorpecentes seguiam para o Distrito Federal, onde eram preparados para distribuição no varejo.
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Operação Irmãos: Uma Ação Coordenada
Denominada Operação Irmãos, a ação contou com a participação de mais de 240 policiais apenas no Distrito Federal. A investigação foi liderada pela Coordenação de Repressão às Drogas (CORD) da PCDF, com o apoio do Ministério Público do DF e promotorias especializadas no combate ao tráfico.
Além das Polícias Civis de Goiás e Rondônia, a operação incluiu a Divisão de Operações Especiais (DOE), equipes com cães farejadores, a Divisão de Operações Aéreas, grupos táticos e unidades especializadas em combate ao crime organizado.