Horas após o presidente dos Estados Unidos, Donald trump, ter refutado, nesta quinta-feira, 19 de junho, a aprovação de um plano para atacar o Irã — conforme divulgado pelo jornal The Wall Street Journal no dia anterior — a Casa Branca anunciou que uma decisão sobre a possível participação dos EUA no conflito entre israel e Irã deve ser tomada nas próximas duas semanas. Em sua plataforma Truth Social, trump expressou que o Wall Street Journal não compreende suas verdadeiras intenções em relação ao Irã, enfatizando sua posição em meio a uma situação geopolítica complexa.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou que a decisão do presidente será baseada nas informações coletadas sobre as negociações entre os dois países. trump declarou: “Considerando que há uma chance substancial de negociações que podem ou não se concretizar com o Irã em breve, decidirei sobre nossa ação em duas semanas”. Essa declaração reflete a cautela do governo americano ao lidar com a crescente tensão no Oriente Médio.
O Wall Street Journal, em sua edição de quinta-feira, 18 de junho, relatou que trump havia informado seus assessores, um dia antes, sobre a aprovação de planos de ataque ao Irã. Contudo, a reportagem, que ouviu três fontes próximas ao presidente, também indicou que a ordem final para um ataque foi adiada para que os Estados Unidos pudessem observar se teerã desistiria de seu programa de desenvolvimento de armas nucleares. Essa estratégia sugere uma abordagem deliberativa por parte da administração trump, buscando evitar uma escalada militar precipitada.
Na mesma linha de eventos, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, criticou a presença dos EUA no conflito entre iranianos e israelenses, chamando-a de “sinal de fraqueza e incapacidade” de israel. Khamenei, em declarações postadas na rede social X, reiterou que a intervenção dos aliados dos israelenses no conflito evidencia a fragilidade do regime sionista. Essas trocas de palavras intensificam ainda mais a tensão entre as potências envolvidas, enquanto o Oriente Médio observa com preocupação o desenrolar dos acontecimentos.
O conflito entre Irã e israel atingiu seu sétimo dia e a escalada de hostilidades resultou em um ataque direto a um hospital em israel. As Forças de Defesa de israel confirmaram que mísseis iranianos atingiram o Soroka Medical Center, um dos principais hospitais do sul de israel. O ataque causou danos significativos à estrutura do hospital, e a administração afirmou que os estragos foram severos, com a unidade operando por meio de uma situação crítica.
De acordo com as autoridades locais, pelo menos 71 pessoas ficaram feridas devido ao ataque. Após o incidente, o hospital suspendeu suas operações e os pacientes foram transferidos para outras unidades de saúde. A situação no Soroka Medical Center ilustra a gravidade do conflito e suas consequências diretas sobre a população civil, ressaltando a necessidade urgente de um diálogo que vise a paz na região.
As Forças de Defesa de israel também reiteraram sua posição firme contra o programa nuclear iraniano, alertando que “não podemos permitir que o Irã obtenha armas nucleares”. O porta-voz Effie Defrin destacou que a obtenção de mísseis balísticos pelo Irã representa uma ameaça existencial para israel, reforçando a determinação do país em proteger sua segurança nacional diante de um cenário cada vez mais volátil.
Este momento crítico na política internacional exige atenção redobrada, pois as decisões que serão tomadas nas próximas semanas poderão moldar o futuro das relações entre os Estados Unidos, Irã e israel. A busca por uma solução pacífica continua sendo uma esperança para muitos, enquanto as tensões permanecem elevadas.