O primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 começou nesta segunda-feira (20) em todo o distrito federal, com o intuito de mapear a infestação do mosquito vetor das doenças dengue, zika e chikungunya. Este estudo amostral é essencial para proporcionar dados precisos que subsidiem as estratégias da Secretaria de Saúde (SES-DF) na luta contra esse importante transmissor. Com a atuação direta dos Agentes de Vigilância Ambiental (AVAs), a pesquisa envolve visitas a residências e a inspeção de locais que possam se tornar criadouros do mosquito. Assim que o levantamento for finalizado, todas as informações coletadas serão enviadas ao Ministério da Saúde e disponibilizadas no site da Secretaria, garantindo que a população tenha acesso aos dados.
A importância do LIRAa é destacada por Fabiano dos Anjos, subsecretário de Vigilância à Saúde, que menciona: “Este levantamento nos oferece uma visão rápida e clara sobre os índices de infestação de Aedes aegypti em diversas áreas. Estes dados são cruciais para que possamos planejar ações de controle e prevenção, salvaguardando a saúde pública e minimizando as chances de surtos”. Ele enfatiza que o trabalho de campo inclui visitas domiciliares detalhadas, onde os agentes não apenas buscam locais propícios à proliferação do mosquito, mas também educam a comunidade sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas.
Em Samambaia Norte, a equipe de AVAs já percorreu diversos lares, seguindo uma metodologia amostral eficiente. Giselle Melo, responsável pelo Núcleo Regional de Vigilância Ambiental (Nuval) na área, explica como funciona a coleta de dados: “Não é necessário visitar todas as casas, mas sim aproximadamente 20% das moradias de cada quadra em Samambaia. Dessa forma, conseguimos obter resultados rapidamente; dentro de cerca de uma semana, já temos as informações consolidadas”. Este método não apenas agiliza o processo, mas também assegura uma análise representativa da situação.
A pesquisa do LIRAa se junta às iniciativas diárias de combate ao Aedes aegypti na região, com Giselle reforçando: “Com o efetivo atual, conseguimos realizar cerca de 800 visitas domiciliares diariamente, além de atender às solicitações feitas pela Ouvidoria”. Este número expressivo de campanhas e visitas demonstra a dedicação das autoridades em conscientizar e proteger a comunidade contra os riscos das arboviroses.
No entanto, apesar da intensa ação dos AVAs, a chefe do Nuval destaca que a maioria das larvas de Aedes aegypti é encontrada dentro das residências. “Os maiores índices de infestação estão em recipientes dentro dos lares, como tambores, tonéis e vasos de plantas que ficam expostos à chuva”, alerta Giselle. Essa constatação ressalta a importância do envolvimento da população na prevenção de focos do mosquito.
Um testemunho relevante vem da aposentada maria Casemiro, de 66 anos, que mantém vigilância constante em seu quintal. “Coloco água nas minhas plantas, mas não deixo água parada, porque já sou ciente dos riscos da dengue”, comenta. A residência de maria foi uma das que receberem a visita dos agentes para a coleta de dados do LIRAa, e felizmente não foram encontrados focos do mosquito.
maria também enfatiza a importância da conscientização: “O trabalho dos agentes é fundamental, mas as pessoas também precisam se responsabilizar”. Este tipo de engajamento comunitário é vital, pois a colaboração de todos é crucial na luta contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Se cada um fizer sua parte e manter seus lares livres de água parada, certamente a batalha contra a dengue e outras doenças transmitidas por esse mosquito será mais eficaz.
Assim, o LIRAa de 2025 não apenas busca levantar dados essenciais, mas também atua como um mecanismo de educação e mobilização social, destacando que a saúde pública é, acima de tudo, uma responsabilidade compartilhada entre autoridades e cidadãos.