Após 22 anos residindo na mesma propriedade, mário Gomes, sua esposa e seus quatro filhos foram obrigados a desocupar a residência no último domingo, dia 15 de setembro. O ator, conhecido por seu trabalho na televisão, foi flagrado retirando seus pertences de uma mansão situada em Joatinga, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os registros, feitos pelo jornal extra, mostram o ator ao ser questionado sobre as circunstâncias de seu despejo. Em resposta, ele expressou sua indignação, afirmando: “Faltou honestidade, boa índole. Um governo que não seja corrupto, que não seja uma assombração.”
Além de seu desencanto com a situação, mário Gomes também questionou o valor de venda da propriedade pelos novos proprietários. “Compararam a casa de R$ 20 milhões por R$ 700 mil. Eu não venderia nem por 30 [milhões]”, desabafou o ator, que também é candidato a vereador. Essa situação reflete não apenas o drama pessoal do artista, mas também questões mais amplas sobre a valorização de bens e a injustiça em leilões de propriedades.
Em um vídeo emotivo publicado em seu Instagram, mário relembrou momentos difíceis de sua vida, incluindo sua batalha contra o câncer. Ele declarou: “Só tenho vocês agora, tudo que eu conquistei me tiraram!” Essa declaração revela a vulnerabilidade do artista e a profundidade de sua perda. Segundo informações provenientes da mídia, a casa, que possui vista para o mar e estava avaliada em mais de R$ 20 milhões, foi levada a leilão para liquidar dívidas trabalhistas relacionadas a um antigo negócio de confecção no Paraná.
A origem dessa disputa legal remonta a 2007, quando mário Gomes se desfez de sua empresa e contraiu dívidas relevantes, devendo salários a 84 funcionárias. Na época, o montante devido era de R$ 923 mil. Em resposta à situação, a Justiça do Trabalho determinou em 2011 que seu imóvel fosse leiloado para a quitação da dívida. Adicionalmente, o ator enfrentava dívidas de IPTU, que já ultrapassavam R$ 100 mil.
Outro desdobramento recente na vida de mário Gomes foi sua condenação a indenizar o ex-deputado federal Marcelo Freixo por danos morais. A decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que aconteceu em maio do ano anterior, incluiu a penhora das contas do ator para garantir o pagamento do valor de R$ 61.267,53. Essa indenização foi em decorrência de uma declaração polêmica feita por Gomes em janeiro de 2021, durante a pandemia de Covid-19, em meio à grave crise de oxigênio em Manaus. O ator compartilhou uma mensagem de áudio que circulou amplamente, na qual acusava Freixo de ser responsável pela crise de oxigênio, afirmando que o problema poderia ocorrer em cabo frio também.
A repercussão do áudio foi intensa, e a condenação de mário Gomes ocorreu em abril de 2022, sob a jurisdição do 5º Juizado Cível em Copacabana. Essa sequência de eventos destaca não apenas a fragilidade da situação financeira do ator, mas também seu papel polêmico na esfera pública, misturando questões pessoais e profissionais.
A perda da mansão, que foi durante anos o lar de mário Gomes e sua família, é apenas um capítulo de uma narrativa mais ampla sobre lutas financeiras e sociais. O artista, que enfrenta os desafios de sua carreira e as consequências de suas declarações, agora se vê em uma posição vulnerável, navegando em um cenário que envolve tanto dificuldades pessoais quanto repercussões públicas. A história de mário Gomes nos faz refletir sobre a importância da honestidade nas relações comerciais e o impacto devastador que pode resultar em delitos decorrentes da falta de ética, levando a consequências que afetam não apenas o indivíduo, mas toda a sua família.